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Passagem descontraída pela Profissional Qualificada Luz Carvalho

“A família é hoje a sua prioridade, tem dois rapazes de 15 e 8 anos, mas reconhece que em tempos quando era mais jovem almejava a realização profissional muito mais intensamente.” – confessa a serena, meiga e bonita Luz Carvalho.

 

Luz fale-nos do seu percurso profissional e como começou o fascínio pela área da beleza.

Tirei o curso em França e desejava ficar por lá a trabalhar, mas o regresso da minha família a Portugal, mais concretamente a Fafe, trouxe-me de volta à minha terra natal. Comecei a trabalhar num salão em Guimarães, onde fiquei durante três anos, o trabalho era duro e os dividendos não eram lá muito sedutores.

Em 1994, abri o meu espaço “Rota vaidosa” também em Guimarães, que já na altura era uma cidade mais jovem e evoluída, onde comecei a trabalhar por conta própria até hoje.

No início recordo-me de ter clientes a fazer fila e a esperarem horas para serem atendidas ao sábado, foi sempre um trabalho duro e exigente, mas já era bem mais compensador.

A fidelização de clientes amigas, que estão comigo há quase trinta anos, motivam-me ainda mais nesta profissão.

 

Quais as caraterísticas essenciais para ser um bom cabeleireiro?

Claro que é importante ser um bom profissional, com conhecimentos aprofundados da área e humildade para fazer formação/reciclagem em busca da evolução e atualização.

Mas entendo que é primordial saber interagir com as pessoas. O cabeleireiro é um local onde as clientes se deslocam para ficarem mais bonitas e também desabafarem as suas histórias de vida e aconselharem-se com a profissional – acabamos por exercer uma espécie de psicologia.

Por vezes, as interações são até entre clientes, que se vêm assim em agradáveis e saudáveis conversas.

Apresente-nos o seu espaço e a sua equipa.

A “Rota vaidosa” já tem quase 27 anos, tenho três bancadas de trabalho e duas rampas de lavagem, sinceramente com a utilização de tantos produtos desinfetantes neste último ano acho que está a precisar de uma renovação.

Trabalho com uma funcionária há cerca de 6 anos e complementámo-nos bastante, eu adoro fazer corte e presos, ela gosta mais de trabalhos técnicos.

A maquiagem é outra das minhas paixões, em tempos fiquei tentada a seguir a área da estética, mas não cheguei a avançar.

 

Como carateriza a sua parceria com a RB Professional e o que acha da marca Orising?

Trabalho com o José Gonçalves há muitos anos e aprecio a nossa parceria, já estou habituada a ele e aos produtos.

Trabalhei em tempos com a Orising, depois parei de usar, mas gosto muito dos resultados dos tratamentos e por isso voltei a apostar neles, é uma gama média /alta com bastante qualidade, no entanto, dispendiosa para o meu cliente habitual.

 

Qual foi o impacto do Covid 19 no seu salão?

As restrições apenas afetaram o espaço, que como já disse, depois de tanto desinfetante vou ter remodelar o salão.

Cerca de 1 ano antes do primeiro confinamento, começamos a trabalhar por marcação, portanto, acatamos todas as obrigações sanitárias com serenidade, o uso da máscara, a desinfeção das mãos na entrada e a utilização de descartáveis.

 

 

 

E já recuperou alguma normalidade depois deste 2º confinamento?

Não, infelizmente prevejo uma crise na minha profissão. O boom associado à reabertura dos espaços, tanto no primeiro como no segundo confinamento, aconteceu e durou cerca de 2 a 3 semanas, mas depois denota-se uma calma que me impacienta.

Não é só porque esta crise aumentou o desemprego e consequentemente as dificuldades financeiras, mas acho que as pessoas também se acomodaram e diminuíram a regularidade de vir ao salão.

Já para não falar da juventude que recorre ao cabeleireiro só para cortar e fazer trabalhos técnicos mais na moda, porque esta geração não tem o hábito de vir “arranjar” o cabelo todas as semanas.

 

     

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